Boa noite, gente…
O dia hoje foi o cão! Não bastasse o problema da infiltração que descobri hoje, minha máquina de costura quebrou e a médica ligou dizendo que não vai poder operar minha mãe para tirar o câncer, porque o nível de glicose dela está 171 (o limite é 100).
O dia foi uma mistura de extremo mau humor e tristeza profunda. A vontade é de dormir e só acordar quando tudo estiver bem…
A médica disse que se minha mãe não conseguir reduzir o nível de glicose dela a pelo menos 125, ela não operará minha mãe. Recomendou que consultássemos um endocrinologista para ver uma dieta, baixar a glicose no sangue e ver se enfim conseguiremos fazer a operação. Marquei o endócrino para dia 13 agora, e a véia deu um baita chilique. Disse que queria queimar o câncer com laser e que não ia fazer cirurgia nenhuma, e que se fosse o caso preferia deixar como está e deixar o câncer tomar conta dela e morrer logo. E agora foi minha vez de dar chilique.
Passei os últimos 5 anos reclamando com minha mãe, pois toda vez que íamos no Hortifruti ela trazia para casa tijolos de doce (de leite, goiabada, laranja – o que tivesse muito açúcar ela trazia), e acabava com eles em menos de 5 dias. Ficava APAVORADA como ela ingeria açúcar, e eu estava sempre ralhando com ela. A resposta que eu recebia era sempre “Enquanto não sou diabética, vou comer sim, porque é o que me dá prazer!”. A tia dela era diabética, então, ela sabia que ficaria diabética um dia, já que diabetes é doença hereditária (leia um texto interessante sobre isso aqui). Só que ela não sabia (e nem eu) o quanto é ruim ser diabético. Uma vez diabético, esqueça a vida normal, porque nunca mais voltará a ser a beleza que era antes.
Minha mãe começou a chorar, e ao invés de consolá-la, eu fiz foi engrossar mais e lhe dei O esporro. Fiquei furiosa porque passei todos esses anos alertando que ela estava excedendo seus limites, abusando demais, e falei que agora ela só estava colhendo o que plantou. E falei que não adiantava chorar, porque ela agora tem que ser responsável pela escolha que fez no passado. Não foi por falta de aviso! Cansei de falar! A escolha dela foi ser diabética, então, mandei que engolisse o choro, porque no meu ombro não choraria. Falei que se queria mesmo deixar o câncer tomar conta do seu corpo, que me dissesse, para eu cancelar a consulta do endocrinologista e economizar meus 200 reais. Disse, ainda, para não vir depois me procurar, quando estiver sentindo dor ou quando os órgãos estiverem começando a falhar por causa do câncer. Eu estou dando AGORA a oportunidade de se tratar, e ela está jogando fora simplesmente porque não quer parar de comer – não quer fazer dieta (o que ela sabia que um dia teria que fazer, e só acelerou o processo enchendo o rabo de doce).
Então eu vesti a carapuça também, sabe? Recentemente não vinha mais me importando com meu corpo ou minha saúde. A preguiça sempre imperava, e eu começava a caminhar e logo parava. Agora, lendo tantas coisas sobre a doença, é que eu finalmente vi que eu não quero chegar ao quadro em que minha mãe está, e vou tentar usar toda essa situação para me lembrar do que eu NÃO QUERO PRA MIM. Minha glicose é 98, ou seja, falta só 2 para eu chegar ao topo. Não quero ser uma diabética também, embora saiba que não vou conseguir fugir disso, a menos que viva eternamente em dieta e fazendo exercícios.
Mesmo tendo tomado banho já, assim que Thais chegou eu não perguntei se ela queria caminhar, eu praticamente a intimei a ir caminhar comigo. E no meio do caminho conversamos sobre tudo isso, e ela concordou comigo que não podemos deixar a preguiça dominar. Ela também tem 98 de glicose no sangue, e como eu, é igualmente preguiçosa e arruma desculpas para não caminhar.
A moral da história é uma só, NÃO ADIANTA CHORAR PELO LEITE DERRAMADO. A gente colhe o que planta, e se você faz más escolhas para a sua vida, você colherá maus frutos. Isto tudo serviu de alerta para mim, porque eu estou na corda bamba também. Se eu não cuidar de mim agora, será tarde demais pra mim também. É como um jogo de azar. Você pode ganhar ou perder. Se tiver sorte, comerá doces e nada acontecerá. Mas pode ter o azar de comer e acabar se dando mal.
E em “homenagem” a esse momento crítico, trago hoje para vocês um esmalte com nome bem sugestivo: POKER, da coleção Las Vegas, da Passe Nati.
Sem dúvida, o Poker é um dos esmaltes mais bonitos que eu tenho. É um rosa chiclete bem vivo, lindo e vibrante, que cobre com praticamente uma camada. É bem pigmentado. Mas nessa mani eu passei duas camadas e finalizei com top coat.
*** ESTE ESMALTE NÃO É 3 FREE ***
A cor é muito mais bonita do que nas fotos. Aqui, está parecendo até vermelho. Não tem a mínima graça! Ao vivo é de olhar extasiada, de tão linda que é a cor.
Esse lindão custa só 1,99 na loja online da marca Unhas Tenshi. Os esmaltes dessa coleção (Las Vegas) são lindos e têm a mesma ótima cobertura! Tenho quase todos.
E mudando de assunto de novo, hoje fiz um pão. Vi uma receita facilzinha de fazer, lá no grupo de gastronomia no Face, e resolvi experimentar.
O pão ficou muito macio e delicioso. Infelizmente não tive o prazer de deixar a manteiga derreter em cima dele quando tirei do forno, porque eu estava saindo para caminhar.
Segue a receitinha, como eu fiz:
350 g de farinha de trigo (peneirada) 150 g de fubá (peneirado)150 ml de leite 10 g de fermento biológico seco (1 envelope)
1 ovo 1 colher sopa de manteiga 1 colher sopa de açúcar (usei açúcar de palma de coco, que é um açúcar usado na culinária tailandesa, que é melhor para quem tem diabetes. Uma das principais vantagens desse açúcar é o baixo índice glicêmico, que favorece as pessoas que têm diabetes tipo 2. O açúcar de coco tem um índice glicêmico de 35, muito mais baixo do que o do refinado, que é de 68. Isso quer dizer que a liberação de energia no organismo é muito mais lenta, evitando picos de glicose no sangue. Comprei o meu pote por 20,00 na Asia Shop) Usei a batedeira planetária para bater a massa, usando o acessório de bater massa pesada). Para fazer, misture o leite com a manteiga, o ovo e o sal. Adicione o açúcar misturado com o fermento e bata. Vá adicionando a mistura de farinha com fubá até dar ponto. A massa fica macia, mas sem ficar pegajosa. Na batedeira, ela formou uma bola que descolou da vasilha e ficava rolando pelas suas paredes, com o movimento da batedeira. Nesse momento eu passei a amassar a massa com as mãos por uns 5 minutos, para ficar lisinha, e depois coloquei numa forma de bolo inglês. Ao invés de untar, eu coloquei um papel especial para assar, que comprei no supermercado Walmart (postei sobre ele aqui). Ele é tipo um papel manteiga, mas um dos lados é liso como que plastificado. É específico para assar sem untar o tabuleiro, e não gruda no alimento. Fantástico! Virei fã de carteirinha!
Deixei a massa triplicar de tamanho (uns 40 minutos), polvilhei com fubá, fiz um corte reto no meio e levei ao forno por aproximadamente 30 minutos.
Da próxima vez vou fazer com 250g de fubá e 250g de farinha de trigo integral. Ou quem sabe uma parte de farinha de arroz, que não tem glúten e ajuda em dietas de diabéticos.
Espero que tenham gostado!
Beijos
Adri 😦
Mesmo pelas fotos eu achei a cor desse esmalte linda!
Adri, quase todas as pessoas mais velhas que eu conheço (> 60) tem a glicose mais alta do que o normal, então acho que você não precisa se preocupar muito com a genética. Sei lá, acho que as coisas vão parando de funcionar dentro da gente com a idade avançando e a diabetes é uma consequência. Acho legal a gente ir alterando a dieta aos poucos e não esperar chegar o dia em que teremos que fazer isso na marra, de um dia para outro. Mas cada um é cada um, né? Veja, meu sogro está com câncer no pulmão e metástase no cérebro e fêmur. Ele descobriu isso há três semanas e já fez duas cirurgias, uma para retirar um dos três tumores do cérebro e uma para retirar parte do fêmur. Agora ele está na UTI por conta de uma infecção e nem começou ainda a quimio e a radioterapia. Minha mãe está acompanhando tudo e continua fumando como uma chaminé. Foi escolha dele, é escolha dela, mas é duro, né?
Beijinho e que Deus ilumine e proteja sua mãe,
Van
O chato de envelhecer é que o corpo nunca acompanha a mente (quando se é uma pessoa lúcida).
Obrigada e fique bem
Bjs
Adri
Lindo esmalte, Adri! Eu tenho e tinha esquecido, foi bom lembrar dele. Sempre lembro que aos 18 anos, nós temos o corpo que Deus nos deu, mas aos 40, temos o que escolhemos. Ainda não senti as consequências, apesar do sobrepeso e da alimentação erradíssima, mas sei que preciso abrir o olho e mudar logo. A única diabética da família é minha irmã mais velha, e a diabete apareceu após os 60 anos. Ela tem controlado a glicose naturalmente com a água de quiabo. http://www.curapelanatureza.com.br/2014/03/duas-poderosas-receitas-caseiras-para.html Vale tentar, porque é natural e acessível. Acho que o esporro que tu deu na mamis foi mais para te alertar, porque deu medo! Felicidades às duas e muita saúde!
Beijos
Obrigada pela dica, Day, mas prefiro leite de alpiste à água de quiabo (irc!). hahahahahah
Bjus
Adri
Day, amay a coisa do maxidex e do quiabo. .. bjks! So
fiquei triste pela sua discussão com sua mãe: ela está realmente colhendo o que plantou e infelizmente não quer enxergar isso, mas chegar ao ponto dessa discussão é terrível =/
cuide mesmo de sua saúde 😉
bjo grande
Agora ela está como um carneirinho. Beeeem mansinha. Acho que caiu a ficha, depois do sabão que passei. Amanhã iremos ao médico, e veremos como ficarão as coisas.
Bjus
Adri
Olha como vai hj?espero q melhor ,quanto ao diabetes minha mãe também tem so q graças a Deus esta controlado e ainda não afetou outras areas,mas quanto a conviver com pessoas teimosas como te entendo,no meu caso é meu marido sabe ele anda com alguns problemas relativamente faceis de corrigir mas não liga ,o caso é q o q é pequeno hj pode tornar-se gigantesco e irremediavel amanhã,mas o q fazer com pessoas teimosas nada não é ,pedir para Deus nos dar paciência,quanto ao esmalte esse ai eu tenho e é lindo mesmo,bjs.
Oi Adri! Blz? Visito sempre o blog, mas nunca comentei…tenho problemas parecidos com meu pai (só que ele é pré-diabético). Sempre falei muito na cabeça dele para ele maneirar nos doces, mas era a mesma coisa que nada. Bom, acabou que ele passou por umas coisinhas e viu que, se não mudasse, iria virar diabético mesmo! Só que mesmo com a dieta e tomando remédio, a glicose dele chegava à 120 – 130. A nutricionista dele deu uma dica para dar uma abaixada: tomar leite de alpiste. É, isso mesmo, leite de alpiste. Vc deixa uma colher de sopa de alpiste de molho em um copo de água durante a noite. No dia seguinte, descarta a água e bate o alpiste com um copo de água filtrada e coa. Tem que beber em jejum…infelizmente, isso não é comprovado cientificamente, mas com meu pai reduziu bastante! Ele não chega mais no 100! Até ele ficou mais animado! Porém, a nutri falou para medir a glicose sempre, e não tomar por mais de 5 dias, pq ela já viu casos em que a glicose cai d+.
Sei que pode dar certo ou não, mas não custa tentar né? Muita força para vc e desejo que tudo de certo. E não esquenta! Com “formiguinha” a gente tem que insistir mesmo! Eles acham ruim no começo, mas vale a pena!
Força e um bjão!
Puxa Mari, que legal! Vou experimentar, viu! Como o caso requer uma certa urgência, já que se trata de câncer, vou ver se a gente cai dentro do alpiste. Obrigada pela dica! E obrigada por comentar!
Beijocas
Adri
Esse lance de deixar pra amanhã é complicado. Embora diabetes seja algo bem mais complicado, heu sei, meu problema com meu boyf. é outro. Vivo falando para o meu namorado e puxando sua orelha por conta do sal. O avô dele tem pressão alta e ele vê todo dia como é viver com isso, não poder comer um pouquinho de sal que seja. Digo que é melhor comer pouco e poder comer a vida toda, que se esbaldar e chegar um bendito dia que não pode mais um grama sequer. Mas enfim, vc com sua mami viu como são as pessoas e sua capacidade de não dar ouvidos as coisas importantes.
Heu tinha muita preguiça de me exercitar, mas como sei que ninguém pode fazer isso por mim, meti as caras. Ainda bem que sou bem disciplinada quanto a isso, penso que seja reflexo em ver essa nossa sociedade, onde a existência de “curas” é cada vez maior, porém diretamente proporcional ao número de “mazelas” que também aparecem…
Boa sorte “nas caminhadas”!!! E desculpa esse conselho bobo que vou dar, pois tenho certeza que vc já sabe disso: porém mesmo que seja difícil, (heu sei pq convivo com algumas pessoas velhas e teimosas) tente ter mais paciência com sua mami, assim como acho q vc quer q a Gabi tenha com vc, afinal mãe é mãe. Essas birras são normais quando se vai ficando mais velho, parece que voltou a ser criança: a mesma teimosia pueril. Às vezes, é realmente preciso fazer o que vc fez, pra acordar, mas dependendo da pessoa esse tipo de atitude não serve pra nada, apenas para elas pensarem que são odiadas ou que ninguém se importa com elas, o que não é verdade!
Beijoooooo enorme!!!!
Adri, lindo esse esmaltchenho fofo…. já vi a cor nas unhas e concordo contigo, é lindo….
Desculpas por ontem ter te lido mais uma vez e não conseguido responder, mas queria deixar-te minha solidariedade e meu carinho. Amo teus posts, você escreve magnificamente bem, por favor, não nos deixe! Você é muito importante para nós, simplesmente porque é uma pessoa especial e maravilhosa, linda, de opiniões fortes e sem papas na língua.
Sobre o lance da diabetes, te entendo muito bem. Lá em casa tivemos o mesmo problema a vida toda. Mami fazia doce sempre, e por não ser a vida que ela pediu a Deus criar 5 crianças e não ter toda a trabalheira reconhecida pelo meu papi, ela sempre descontou no doce. Sim, ela é diabética, e eu temo horrivelmente, como você. Tenho feito exercícios regularmente, o que me fez um bem enorme, especialmente pra coluna (é, sou abençoada com várias hérnias de disco por má postura). Mas a minha secretária do lar me deu o cano por 2 semanas seguidas, e eu fiquei no lerê nos dois últimos sábados. Resultado: passo a semana com dor e tomando remédio, senão não aguento trabalhar. Dorzinha maldita, não desejo a ninguém. Então hoje, a caminhada de 7km está automaticamente suspensa. Mas voltando à minha mami, o problema foi tão radical que ela teve glaucoma nos 2 olhos, e está praticamente cega. Afetou o cérebro (ela tem uma demência tipo Alzheimer, mas não é esquecida). Então, de alguns anos para cá, ela teve de ficar integralmente acompanhada, e agradeço de joelhos a minha cuidadora, porque ela a ama tanto quanto nós, e a trata muito bem. Com o acompanhamento e tomando zilhões de remédios a diabetes está sob controle, entre 90 e 100. Mas como eu tenho o mesmo sangue que ela tem, procuro me controlar pra não ficar diabética tão cedo, e não é fácil…. mas entendo perfeitamente a sua irritação. Não é fácil tentar cuidar de quem se ama se ela não quer ser cuidada. Mas acho que ela quer sim, foi só um desabafo, e ainda bem que você é firme, parabéns! Quando eu crescer quero ser igualzinha a você nesse quesito. Me desculpe o comentário monstruosamente grande. Me empolguei…. Gosto demais de te ler sempre que posso! Beijo grande, e que Deus te proteja, e também a sua família toda! Sô (Paixão)
Sô, obrigada pelo seu comentário. Foi muito válido tudo o que me disse sobre sua mãe. A mim ajudou bastante. Preciso mesmo mudar minha vida.
Grande beijo!!!
Adri