Dia 10 – Farofa à Braseeeeleira em Paris

Bom dia amigas!

E chegamos ao último dia da nossa viagem. Escrevo somente hoje, no dia 11, porque ontem o dia foi puxadíssimo, e tínhamos que dormir cedo para acordar hoje cedo para viajarmos de volta às terras tupiniquins.

Acordamos ontem e tomamos nosso café, com aquele delicioso e inesquecível croissant. Antes de sairmos, passamos na recepção e pedimos para o carinha lá agendar um taxi para nós hoje às 7:30. Saímos com 14 graus lá fora e sem chuva (ainda bem). Tínhamos nos planos irmos ao Palácio de Versailles, e para tanto, tivemos que seguir até o metrô Invalides e de lá pegar a linha de trem RER-C (amarela). Nosso bilhete múltiplo de metrô não era mais válido, então compramos ida e volta logo, na estação Edgar Quinet, e na Invalides, compramos o bilhete de ida até Chateau Versailles – Rive Gauche, usando a máquina de venda. Seguimos até a plataforma e esperamos o trem, que logo chegou, com decoração interna imitando a decoração do Chateau, bem rococó e bacana.

A viagem deve ter durado meia hora, talvez, mas tivemos que descer na estação Chaville Vélizy para trocar de trem. Nós duas, e tantos outros turistas que não manjam de francês, ficamos sentadas no trem até que uma senhora (moradora local) alertou o povo dentro do trem de que teríamos que descer ali, mas ainda não sabíamos o motivo. Uns 15 minutos depois, o povaréu que ainda se amontoava na plataforma começou a descer as escadas, e sem sabermos exatamente o que ocorria, seguimos o fluxo. Logo descobrimos que teríamos ir para outra plataforma para pegar outro trem até a Chateau Versailles – Rive Gauche. Uns 15 minutos depois, chegamos à estação e descemos. Seguimos as plaquinhas em formato de seta marrom com o desenho do Chateau, e depois de uns 10 minutos de caminhada chegamos à suntuosa construção com portões dourados “chegay”.

versailles

A fila estava gigante, e como não tínhamos bilhete, pedi para Gabi ficar na filona enquanto eu ia comprar os ingressos, que era em outro lugar. Quando finalizei a compra, saindo do prédio, li “Entrèe au Chateau”, e voltei pra trás para chamar Gabi e dizer que havia uma “entrada para o Palácio que estava vazia”. Doce ilusão… Tirei Gabi da fila (ela já tinha andado uns 10 metros), e quando seguimos para a tal “Entrèe au Chauteau”, sabe onde nós saímos? rsrsrsrs. No fim da fila onde Gabi estava. Quase me suicidei de ódio. Se eu tivesse seguido a tal “entrada vazia” para averiguar se era mesmo uma entrada, e não uma saída para a entrada, não teríamos que entrar no fim da fila novamente. Mas fazer o quê…

versailles2

espelhos

Versailles3

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Uns 50 minutos depois, conseguimos finalmente entrar. Rodamos tudo, tiramos muitas fotos, e fiquei maravilhada, mais uma vez, com a decoração. Estive em Versailles há 27 anos atrás, e a única lembrança que tenho de lá é uma foto, já desbotada, de mim, franguinha, e minha mãe sentadas na sala dos espelhos (quando ainda se podia sentar lá). Rodamos tudo e tiramos muitas fotos. 

Depois de rodarmos tudo, resolvemos sentar para comer algo. Estávamos com fome e sede da “aventura” até então. No final do circuito, fomos aos jardins, mas só conseguimos ir a um centésimo dele. Os jardins cobrem uma área pelo menos umas 4 vezes maior que a do próprio palácio, que é gigantesco. Deve ter um jardim para cada dia do ano, com um pouco de exagero, claro.

mapa

Vejam na foto acima o Palácio, um pouco abaixo do meio, minúsculo, em relação aos jardins.

Como já estávamos no bagaço da laranja (entramos às 12 e saímos às 16), fomos só num jardinzinho para tirar umas fotos e fomos embora.

Caminhamos todo o trecho de volta, e na estação entramos na fila para comprar os bilhetes de volta na máquina, que se recusava a aceitar os últimos 50 centavos em moeda, sendo que faltavam 30 centavos para completar o valor. Nós colocávamos a moeda e a máquina cuspia fora. O povo atrás da gente, já impaciente, nos fez pagar com cartão de crédito, porque nem a pau entraria na fila novamente em outra máquina.

Meio sem sabermos pra onde ir, seguimos o fluxo. Na minha cabeça, teríamos que descer na estação em que paramos na ida, para trocarmos de trem também. E quando chegamos na dita, eu falei pra Gabi pra gente descer, e ela manuseando o mapa no telefone não se decidia a descer, e achava que teríamos que continuar. Não discuti, mas fiquei resmungando, dizendo que iríamos parar lá no raio que o parta e que teríamos que voltar tudo de novo. O trem saiu da tal estação e seguiu em frente, e eu ainda resmungando. De repente, Gabi me mostrou uma visão mais ampla do mapa, no telefone, cujo GPS estava funcionando sem internet (não me perguntem como, de novo), e vi que estávamos mesmo indo para o lugar certo e que não precisaríamos descer em estação nenhuma para trocar de trem. Como ainda estava claro (anoitece em torno das 22 horas), resolvemos aproveitar o resto do dia descendo na estação Champ de Mars, onde fica a Torre Eiffel, e assim fizemos. Para nossa sorte, o sol ensaiou sair e conseguimos tirar bastantes fotos. Uma pena que estava rolando uma obra em baixo e ao redor da torre, o que poluiu um pouco as fotos, mas tá valendo.

torree

Sentamos num banco de praça no meio do jardim mais à frente da torre, e começamos a confabular sobre o quê faríamos, se voltaríamos para o hotel ou faríamos outra coisa. Resolvemos então sentar para tomar um café ou “almoçar” (passava das 6). Olhando os cardápios e achando tudo caro demais, avistamos um supermercado, e é aí que começa a farofada, rsrsrsrs.

Entramos, olhamos a gôndola refrigerada com as saladas, e resolvemos comprar uma salada para cada, a 4,50 euros, e pegamos uma garrafa de 2 litros de Ice Tea Lipton a 2 euros (até então vinha pagando 2 euros por uma de 500 ml nas máquinas self-service nas estações dos metrôs), para que pudéssemos ir enchendo a garrafinha ao invés de pagar sempre 2 euros por uma. Gabi pegou uns biscoitos (por causa das caixinhas Vintage bonitinhas (ela anda numa vibe vintage ultimamente), e eu um queijo gorgonzola. Pagamos no caixa self-service e saímos. Sem saber onde comeríamos, dobramos a esquina e sentamos num banco tipo banco de praça à beira da calçada. Ali começou a farofada em si. Cheias de bolsas, abrimos as saladas e o queijo e comemos ali mesmo (as saladas vinham com um garfinho dentro da caixa). Morriiiiii de vergonha, mas estava cansada e faminta demais para caminhar outro tanto para irmos até um banco nos jardins da torre. Pagamos esse King Kong, pra não deixar a fama dos braseeeleiros morrer.

E depois de encerrada a farofada, jogamos as embalagens no lixo e caminhamos até a estação École Militaire, e seguimos até a estação Invalides, trocamos de plataforma, descemos em Montparnasse Bienevue e trocamos de linha, seguindo até Edgar Quinet. Tomamos realmente um chá de metrô nessa viagem!

Ao sairmos da estação Edgar Quinet, que fica numa rotunda com 5 ruas ao redor, e tem um longo calçadão, vimos que no tal calçadão tinham sido montadas várias barraquinhas, e ficamos curiosas. Vimos numa plaquinha que rola uma feirinha ali. Lamentei profundamente não ficarmos até domingo, quando será a tal feirinha.

Gabi avistou uma sorveteria artesanal, Amorino, e pediu um sorvete de caramelo salgado. Em Paris, por sorte, tem desse sabor em praticamente todas as sorveterias. AMO esse sabor loucamente, e lamento não achar nunca em lugar nenhum fora daqui.

sorvetee

Dali, fomos pro hotel, onde tomei um banho, quase dormi, mas uns 40 minutos depois, já passando das 21 horas, resolvemos dar uma última saída para aproveitar o fim da noite. Fomos parar num restaurante-sanduicheria chamado Hipopotamus, onde comemos um cheeseburger e a mousse de chocolate mais leve que comi na vida (parece que comemos nuvens de chocolate). 

Quando terminamos de comer, Gabi pediu para irmos até Trocadéro, para tirarmos fotos da torre iluminada, já que quando estivemos lá outro dia o tempo estava horroroso e não deu pra tirar fotos legais. Como tinha feito um solzinho acanhado à tarde, aceitei ir, e fui resmungando. O que não faço pela minha filha! 

Pegamos o metrô ali mesmo na estação Montparnasse, e num troca-troca de linhas (pegamos 3 diferentes), chegamos finalmente a Trocadéro. Passava das 11 da noite e havia uma multidão lá aproveitando a linda lua cheia para tirar fotos. E aquelas seriam as nossas últimas fotos dessa viagem.

torre

Gabi tirou zilhões de fotos, e quando se deu por satisfeita, tomamos nosso caminho de volta, no mesmo troca-troca de linhas. Se a linha 6 não estivesse com todo o trecho entre Trocadero e Edgar Quinet interditado para obras, não precisaríamos trocar de linhas, e teríamos chegado em no máximo 10 minutos. Mas há váááárias estações sendo reformadas, então eles fecharam.

Quando chegamos em Edgar Quinet, Gabi resolveu tomar um último sorvete, naquela mesma sorveteria, que só fecharia à 1 da manhã. Tomamos o sorvete e fomos para o hotel, onde lavei meus pés, escovei os dentes, dei uma última ajeitada nas malas e caí na cama, para acordarmos às 6:20.
E assim terminou nosso último dia em Paris.

Beijos

Adri =D

Sobre Adri Portas

Tradutora, Blogueira e Filósofa (da vida)
Esta entrada foi publicada em Viagem. ligação permanente.

5 respostas a Dia 10 – Farofa à Braseeeeleira em Paris

  1. jubaoli23 diz:

    que lugar lindo e encantador ❤
    fiquei maravilhada com tudo, Adri^^

    bjinhos

  2. Heuziwanne diz:

    Obrigada! E obrigada tbm pelas dicas!!!! Beijins

  3. Heuziwanne diz:

    Adri, pareço estar sumida, mas na verdade apenas não comento nada, mas sempre, sempre leio todos os posts e meu sonho eh ser vc quando crescer, Rsrs! Por falar em sonho, desde q vc falou nesse sorvete de caramelo salgado, não penso em outra coisa senão nele! Heu amo experimentar comidas, sabores, e sonho tbm como deve ser o sabor desse danadinho, pesquisei na net até uma receita, q não saberei se eh igual ao q vc experimentou, mas q penso seriamente em fazer, apenas para ter o prazer de desfrutar uma sensação semelhante (pelo menos na minha imaginação). Obrigada por compartilhar suas histórias, q já são tão presentes na minha vida q as vezes me pego contando para os outros dizendo: “não, eh pq tenho uma amiga sabe…” Beijooooos

    • hahahahahahahahahaha Certamente é exatamente o que eu sentia quando tantas pessoas falavam das benditas trufas e eu nem sonhava em como seria, mas sonhava em experimentar. Bem vinda novamente, e espero realmente que você, minha amiga, um dia consiga experimentar o fantástico sorvete de caramelo salgado. Fica a dica aqui: o de Santa Mônica é o melhor que comi até hoje, mas o da da Hägen Dazs é muito bom, também.
      Beijocas
      Adri

Obrigada pela visita e pelo seu comentário!!! <3

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