Dia 8 – Patetas em Paris


Olá, garotas!

Desculpem o sumiço, mas ontem, dia 8, eu estava realmente uma morta-viva. O dia foi puxadíssimo, e a chuva não ajudou muito.

Como ontem o Louvre não funcionou, deixamos para irmos hoje. Acordei às 8:30 e pus Gabi pra fora da cama. Tem feito um frio considerável à noite/de madrugada, em torno de 13 graus, e é meio difícil levantar mesmo.

Nos arrumamos e descemos para tomar o nosso primeiro café no hotel. Para nossa agradável surpresa, o café é bom, e os holofotes realmente ficam sobre os croissants. Imensos, super folhados, super amanteigados, deliciosos e macios/crocantes. Nossas papilas gustativas aplaudem a cada mastigada. Os franceses realmente têm por que se gabarem de fazerem o melhor croissant do mundo. Assino em baixo!

croissant

Antes de sairmos passamos na recepção, porque tínhamos visto que o hotel tem um aparelhinho que provê internet portátil onde quer que a gente vá na cidade, e de graça, para os hóspedes, tendo, somente, que fazer um depósito de garantia de 100 euros. Mas não tinha nenhum disponível. Tentaremos hoje.

Fomos direto para o Louvre. O tempo estava altamente nublado e friozinho. Assim como outras tantas estações de metrô na cidade, a estação Palais du Louvre estava fechada para obras, de forma que tivemos que descer em Pyramides, que é uma estação depois, na linha em que estávamos.

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Chegando ao Louvre fomos acompanhando a fila, cujo final não chegava nunca. Seguia longe, e passava por caminhos que não sabíamos onde terminaria. Com certeza era umas 4 vezes maior que a fila da imigração no aeroporto de Heathrow. Entramos na fila as 10:28 e quando era 11:20 finalmente chegamos ao começo dela, onde ficava a máquina de raio-x para revista de bolsas. Isso não existia na última vez em que estive aqui, em 2006, assim como também não existiam os inúmeros cartazes de alerta para batedores de carteira, espalhados por todo o museu. Foi-se o tempo em que era tranquilo até tirar uma foto da Gioconda (vulga Mona Lisa).

Quando passamos pela imensa fila, descemos as escadas rolantes, já dentro da grande pirêmide de vidro, e chegamos a um imenso saguão, onde há vários guichês de venda de bilhetes, assim como máquinas de venda, o que dissipa o pessoal da fila, agilizando a entrada do povo. O ingresso custa 12 euros.

Desta vez vi áreas que nunca tinha conseguido ver antes, porque as pessoas com quem fui ao Louvre anteriormente não se interessavam muito por museu, e não tem coisa pior para uma pessoa que gosta de museu, ir a um com pessoas que não gostam. Ao todo, foram 4 horas no museu, e consegui, finalmente, ver os 4 andares, obviamente na correria, porque é impossível ver todas as obras com calma em um único dia (dizem que se precisa de 4 dias). Meus pés estavam imensamente doloridos já, e sempre parávamos para descansar um pouquinho.

louvre

Tirei muitas fotos, mas as fotos estão no cartão da máquina fotográfica. As fotos que coloco aqui agora foram tiradas com o celular. Depois atualizo com as outras fotos. Muitas coisas legais!

Ao sairmos do museu, chovia. Queríamos ir de volta à estação Pyramides para podermos ir ao Hard Rock, mas os pés doíam tanto que uma creperia me convidou a ficar por ali mesmo. Não estava lá essas coisas a comida, mas pelo menos deu pra descansar um tico. Como tínhamos comido, desisti de ir ao Hard Rock, e resolvemos tomar um sorvete e ir a uma loja da Kiko, que achei no Google ali nas redondezas. A tal sorveteria, foi uma indicação do site Conexão Paris, que eu já mencionei aqui para vocês.

E o título do post fica por conta do que narrarei em seguida: para irmos à tal loja da Kiko, pegamos o metrô em Pyramides e descemos em Chatelêt para podermos pegar outra linha para Les Halles, que era a mais próxima da “Kiko”. Quando descemos do trem, fomos seguindo as indicações para a linha 4, que nos levaria à Les Halles. Lá em baixo, pela primeira vez, tivemos que passar o bilhete mais uma vez. Em estação nenhuma, até então, precisamos passar o bilhete novamente para trocar de linha. Andamos, andamos, andamos, e mais uma passada de bilhete. Andamos, andamos, andamos, e mais uma! AFFFFFFF!!!!!!! Parecia um labirinto lá em baixo, e passamos o bilhete 4 vezes na catraca, para enfim chegarmos à plataforma para pegar o trem. E sabe o que houve? Andamos tanto que chegamos à estação que queríamos, ANDANDO no subsolo. Fiquei muito braba. A nossa sorte é que tínhamos um bilhete múltiplo, que nos dá direito a usar indefinidamente o metrô, pelo período que pagamos.

Saímos da tal estação e começamos a procurar o endereço da Kiko. Gabi se enrolou ao acompanhar o GPS (incrivelmente o aplicativo estava funcionando com o GPS sem internet. Não me perguntem como, mas também nem quero saber, hehehehe) Sei que demos a volta ao mundo para voltarmos ao ponto de partida. Quase matei Gabi. Parecia até que não estávamos nos arrastando pelas ruas de tanto cansaço. Sei que não tinha Kiko no endereço indicado, para minha frustração. Mas como ali ficava perto da Notre Dame, resolvemos ir até lá, e chovia.

Em viagem nenhuma nunca senti tanta dor no pé como foi nesse dia. A dor parecia até que tinha uma faca sendo enfiada no meu calcanhar. Eu pisava, sabe Deus como. Andava, que parecia até que tinha sido atropelada. E as bolhas sob os dedos vão bem, obrigada!

Atravessamos a ponte que levava à ilha onde fica a Notre Dame, e no caminho encontramos umas tendas que são lojas de plantas e coisinhas para casa. Olhamos tudo, mesmo mega cansadas.

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lojinha

E saindo dali, seguimos até a Notre Dame, que já estava perto. Chegamos na frente da catedral e Gabi não teve nenhum interesse em tirar foto ou entrar. Estava chovendo e frio, e resolvemos então seguir mais adiante até a sorveteria.

No meio do caminho encontramos uma loja mega maneira, PYLONES, que é tipo a Imaginarium no braseeel, que tem várias coisinhas maneiras para casa. Ficamos bastante tempo lá, e por algum tempo até esquecemos que estávamos mais mortas do que vivas, com tanta coisa legal. Comprei um peixinho que é usado para separar a gema da clara. Ele tem uma bocona aberta e tem o corpo gordinho, de forma que você aperta o corpo dele e solta pra sugar a gema pela boca. Gabi ficou me atormentando com o raio do peixe a noite inteira, grudando o peixe em tudo que é parte do meu corpo. Tô quase jogando o dito na privada!

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Gastei 50 euros com umas bobeirinhas bem legais, cujas fotos postarei pra vocês aqui, depois. Inclusive, descobri que tem Pylones no braseeel também, em São Paulo.

Saindo da Pylones, andamos mais um tanto, e finalmente encontramos a Berthillon, que era a sorveteria indicada pelo Conexão Paris.

berthillon

Pedimos uma bola de sorvete de chocolate, a 2,50 euros. Gabi não achou lá essas coisas, mas pra mim, foi um dos melhores sorvetes de chocolate que já tomei na vida. A textura é firme e aveludada, já viram isso??? Não dá pra descrever. É incrível! O sabor era perfeito; meio-amargo e encantador. Tomaria litros desse sorvete sem reclamar do preço. E chovia.

Saímos dali e nos arrastamos até a estação Pont Marie, atravessando a ponte de volta. Pegamos o metrô até nossa estação, Edgar Quinet, e seguimos direto para o restaurante onde temos jantado nosso magnífico cachorro-quente dos deuses, Le Tournesol. Amei o restaurante, e vamos jantar lá todas as noites, sem dúvida. 

Chegando ao restaurante, pedi um omelete de queijo e presunto, e Gabi foi de cachorro mesmo. Compartilhamos nossos pratos e nos deleitamos mais uma vez. O restaurante realmente me conquistou. Tudo é perfeito, do atendimento ao ice tea da casa. Como fica do ladinho do hotel, saímos dali e “fui correndo” (a 10 passos por hora) para o nosso quarto. Tomei um banho, escovei os dentes e morri na cama. Isso era pouco mais de 22 horas. Acordei às 2:30, quando resolvi fazer o post, e ainda não conseguia pôr os pés no chão direito.

Meus pés ainda doem muito, mas agora, 11 da manhã, já consigo caminhar sem sofrer tanto. Hoje quero ir às Galerias Lafayette e catar outra loja da Kiko. Gabi não quer ir à Torre Eiffel, porque eo tempo está muito ruim. Mas amanhã ela quer ir ao Palácio de Versailles. Será nosso último dia em Paris, e lamentavelmente voltaremos à nossa realidade.

Beijinhos em todas, e até mais tarde, se eu não chegar numa ambulância.

Adri :/

Sobre Adri Portas

Tradutora, Blogueira e Filósofa (da vida)
Esta entrada foi publicada em Viagem. ligação permanente.

3 respostas a Dia 8 – Patetas em Paris

  1. jubaoli23 diz:

    que dó de vocês! hehehe
    achei bem legal as coisinhas da loja e aposto que elas são mais em conta que na Imaginarium.

    fiquei curiosa para mais fotos do museu 🙂
    bjs

  2. daisygaray diz:

    Numa das primeiras idas a Sampa, “adotei” quatro ou cinco bolhas em cada pé. Quase morria para dar o primeiro passo para fora da cama! O jeito foi comprar um curativo do Dr Scholl, o Moleskin Plus, que é recortável. Praticamente enrolei meus pés com ele para não sentir dor, e funcionava até o dia de ir embora, não sei porquê…nas viagens seguintes, não tive mais problemas. Acho que engrossei o couro! hahaha Espero que a dor tenha passado, e a chuva tenha parado também!
    Beijos

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