Bonjour mes amies!
Hibernamos! Gabi me acordou 15 minutos antes de terminar o café da manhã (10:30). E obviamente não tomamos café no hotel, porque eu não queria sair feito uma louca desembestada para pegar sobras. Levantei com calma, “meditei”, olhei o tempo lá fora (tinha chovido e estava friozinho), me arrumei e finalmente saímos, uns 30 minutos depois.
Não tínhamos nenhum roteiro traçado para Paris, porque não deu tempo de fazer. Mas colocamos numa lista os lugares que queremos ir, o que não é suficiente, porque os lugares estão espalhados pela cidade, e o ideal é concentrar o maior número de lugares a visitar numa mesma região.
Não tendo um roteiro traçado, e como o Louvre não abria hoje (terça-feira), nossa meta então eram duas: comprar um bilhete múltiplo de metrô para os dias de estada em Paris e um chip de internet.
Saímos e caminhamos na rua para o lado oposto à estação de metrô Edgar Quinet, pois eu estava querendo saber se tinha alguma loja de telefone nas redondezas. Foi então que eu descobri o por quê de ter tantos restaurantes e bistrôs nesta rua: é uma rua de teatros.
Não tendo encontrado nada além de lugar pra se comer, alcançamos a outra ponta da rua, onde tinha a estação de metrô Gaité, onde compramos bilhetes para 3 dias, ao valor de 24 euros cada. Não tivemos muito tempo para pesquisar melhor sobre a melhor opção, então foi essa mesmo, na pressa. De qualquer forma, acho melhor ter um bilhete único, válido para todas as viagens, do que ficar entrando em fila pra comprar bilhetes a cada estação que fosse ou então comprar uma penca de bilhetes, correndo o risco de perder. O rapaz do guichê nos entregou os bilhetes, que paguei com cartão de crédito, e os mapas da cidade x estações.
Pegamos, então, o metrô para irmos para a Sacre Coeur, descendo na estação Blanche, para podermos tirar foto na frente do mais famoso cabaré de Paris: Le Moulin Rouge. Onde está Wally?
Depois, começamos a catar uma loja que vendesse chip de internet para nossos telefones, mas custava 20 euros por míseros 500 MB, então deixamos pra lá. Vamos filar a net dos restaurantes e lojas, mesmo. 500 MB não dá nem pro cheiro pra nós.
Andamos tanto procurando uma loja, que tivemos que pegar o metrô de novo, mas desta vez descemos em Pigale, que era mais próximo da Sacre Coeur. E saindo da estação, encontramos a pequena ladeirinha cheia de lojas de souvenir que nos leva até o “funicular” (bondinho), que sobe até a Sacre Coeur. Para quem não quiser pagar 1,70, há uma longa escadaria a subir, mas como nosso bilhete múltiplo nos permitia usar o funicular, não precisamos pagar para usar.
Na subida da ruazinha de souvenirs, Gabi ficou louca com as latas vintage que encontrou. Tinha muitas camisetas maneiríssimas, mas não sei o que ocorre aqui, que as camisetas XXL não cabem nem na Gabi, de tão pequenas. Será que eles pensam que as turistas em Paris são só asiáticas, que são pequenas e magrinhas????
Estávamos com fome, então deixamos para comprar as coisas depois. Subimos logo o funicular para irmos à pracinha dos artistas, porque sei que lá tem bastantes restaurantes e bistrôs.
Ao chegarmos lá, totalmente novatas, querendo gastar o nosso pobre francês, porque nem todo mundo aqui fala inglês, pedimos um thé au citron (chá com limão), enquanto escolhíamos o que comer. Na verdade não tinha nada muito interessante, e os preços eram estratosféricos – pelo menos 18 euros. Quando o garçon chegou com duas xícaras com limão dentro, um saquinho de chá e um bule de água quente, arregalamos nossos olhos e perguntamos pra ele se só tinha chá quente, e ele disse, com a cara zangada, que só tinha quente, largou tudo na mesa e foi servir outras pessoas. Como nós não queríamos chá quente e como a comida era xoxa e cara, levantamos e saímos, já que não seria nenhum prejuízo pra o restaurante não consumirmos o que tínhamos pedido, considerando-se que não abrimos o chá e o que tinha no bule era só agua quente.
Caminhamos por uma ruazinha lateral e encontramos uma pequena creperia, que por fora era meio caquética, mas ao enfiar a cara pela porta, vimos que era maneirinha. Resolvemos ficar ali mesmo, já que crepe é mais barato e que já estávamos carecendo de descansar os pés. Hoje coloquei as Crocs de novo, e foram elas que me fizeram as bolhas nos dedos dos pés (não é um problema do sapato em si, pois tenho o mesmo problema usando tênis para caminhadas muito longas).
Sentamos e pedimos dois crepes de queijo, presunto e ovo, e um chá gelado (Lipton). Jogamos um pouco de conversa fora, e de repente vem um cara que sai de um quartinho ao lado da cozinha limpando as mãos nos seus jeans. A cozinha é minúscula e aberta, e fica dentro da área das mesas. De repente, o cara começou a fazer os crepes, e enfiou a mão dentro de um pote para pegar o queijo ralado para espalhar sobre o crepe na chapa – a mão que limpou nos jeans. Olhei com cara de nojinho pra Gabi, e ela só fez me lembrar que comemos coisas piores sem saber. Eca!!!! Foi difícil, viu? Me sinto uma heroína por ter conseguido fazer vista grossa para a falta de higiene, mas paciência!

Creperia
Se eu fosse me importar com isso, não poderia comer em lugar nenhum, porque os franceses, vocês sabem, neah? Os franceses têm fama de serem pouco higiênicos. Aliás, no metrô pudemos comprovar isso, pois tinha muita gente fedendo, em quase todos os trens que pegamos, inclusive gente bem arrumada, tá? E antes que alguma descendente de franceses se sinta insultada por eu dizer isso, meu avô materno era francês, e eu sou bem limpinha!
Voltando ao crepe, comemos o dito e pedimos um de Nutella com geleia de morango de sobremesa. Pagamos 35 euros por tudo (incluindo a gorjeta – estamos dando 15%), mas como desabou o mundo de repente (chuva), ficamos mais um pouco esperando a dita passar.
Depois que passou, descemos em direção à Sacre Coeur, mas antes, paramos para tomar um sorvete, que estava com a cara muito boa!
Depois fomos até a basílica, tiramos umas fotinhos e descemos o funicular, em direção às lojas de souvenir, onde compramos algumas coisinhas legais. Amei as xícaras!
Saindo dali, pegamos o metrô em direção à Champs Elisées. Descemos na estação Concorde e fomos caminhando pelo parque até chegarmos ao início das lojas.
Vi uma galeria de lojas que tinha uma figura de banheiro (os bonequinhos masculino e feminino). Entrei, porque queria ir ao banheiro esvaziar minha bexiguinha. Ao entrar no lugar, percebi que era, na verdade, uma loja que vende vários produtos de banheiro (utilitários e decoração), e também vende o uso dos banheiros a 2 euros. Gabi achou um absurdo eu gastar 2 euros pra usar o banheiro, mas não tinha como não gastar. Enquanto esperava na fila, observava os produtos que estavam à venda na loja. Eram coisas super maneiras! Me amarrei no kit de 6 rolos de papel higiênico, cada um de uma cor. Tinha papel higiênico com várias estampas, inclusive com estampa da torre Eiffel, hehehhe. Me amarrei no suporte de escova de vaso sanitário de gato, mas seria pesado demais pra levar pra casa, já que é de louça.
Achei super maneira a casinha do vaso sanitário. O papel de parede é uma foto de vários rolos de papel higiênico empilhados na horizontal. Vejam.
E saindo dali, a primeira loja em que entramos foi na loja da Disney, porque Gabi queria procurar uma tal bonequinha lá, que não achou, por sinal. Depois continuamos andando e achamos uma loja da Hagën Dazs, onde Gabi me disse que tinha sorvete de caramelo salgado. Surtei né? Comi um sorvete de caramelo salgado em Santa monica em 2011 que me deixou louca. É deliciosa demais a mistura de doce com salgado desse sorvete. Entrei e pedi um, que comi gemendo…
Ao terminar o sorvete, eis que me encontro na esquina da Louis Vuitton. Incrivelmente esta foi a primeira vez que eu entro na loja sem ter fila (esta é a quarta vez que venho a Paris, e em todas as outras 3 vezes foram longas filas para entrar). Não tinha fila, mas foi um parto para ser atendida, tá? O movimento dentro estava bem grande, e conseguir alguém para me atender foi difícil. Finalmente encontrei uma alma boa, que me disse que iria arrumar alguém para me atender. Ela voltou alguns minutos depois e me encaminhou para o segundo andar da loja, onde teria uma moça para me atender. Comprei a minha bolsa linda de morrer (quando a gente quer muito uma coisa, acha essa coisa linda demais) e peguei meu papel para pedir reembolso do VAT (imposto adicionado ao produto), que terei que pedir no aeroporto. Não é nada, não é nada, serão 108 euros de reembolso!
Saímos dali e fomos caminhando para perto do Arco do Triunfo, porque Gabi queria tirar foto. Depois, pegamos o metrô na estação Charles de Gaule Etoile até a estação de Trocadero, para irmos tirar foto da Torre Eiffel. Trocadero é o local perfeito para fotos da torre, para quem não sabe. Como começou a chover, deixamos para voltar outra hora. O tempo estava mesmo uma titica hoje. O pior é que ora sentíamos calor, ora frio. Uma coisa muito louca isso aqui!
Tentamos voltar pela estação de Trocadero mesmo, pois segundo o mapa, a linha que atendia Trocadero era a mesma linha que atendia a estação de Gaité, que é a que pegamos de manhã. Só que todas as outras estações entre Trocadero e Gaité estão em obras, então tivemos que voltar para Charles de Gaule e trocar de linha duas vezes para voltarmos para o hotel.
Quando chegamos, fomos direto ao restaurante onde Gabi comprou o cachorro-quente de ontem. Sentamos lá.. pedimos nosso tradicional chá gelado, eu pedi outro cachorro pra mim e Gabi uma massa. Enquanto esperávamos, filávamos a internet. O restaurante é bem transadinho, e estava bem cheio, pois já passava das 19 horas, e o povo devia estar ha happy hour. Comemos e viemos para o hotel, onde tomei meu banho e cá estou fazendo a postagem de hoje e assistindo a surra (rsrsrsrsr) que o braseeeel está tomando da Alemanha. Acho que o braseeel está perdendo porque, pela primeira vez nessa Copa, eu resolvi acompanhar o jogo pela TV, porque Gabi queria assistir. Gostei muito de ter assistido, rsrsrsrsrs.
Como não fizemos o roteiro, e como não pudemos ir ao Louvre hoje, vamos amanhã. Não sei o que faremos depois, mas ainda temos dia 9, 10 e 11 livres, e Gabi pediu para irmos a Versailles. Acho que vamos deixar para ir dia 11, véspera do nosso retorno. Ainda temos muitos lugares para ir amanhã e depois.
Então é só por hoje, garotas. Vou terminar de assistir a surra do braseeel aqui e dormir, porque agora passa das 23 horas. Vou ver se conseguimos tomar café no hotel amanhã para ver se presta.
Bjins em todas.
Adri 😀
Da próxima vez, pega o ônibus 72 em Hôtel de Ville – ele passa pelo Louvre, pela Concorde e ao longo do Sena vai até além da Torre Eiffel – para ela, descer na Ponte d’Iéna. A “viagem” vale a pena!
Vou tentar me lembrar quando voltar lá!
Bjs e obrigada pela dica.
Adri
fiquei curiosa com esse sorvete e adorei o suporte da escova de vaso.
aliás, esses sorvetes todos me deixaram com água na boca…
muitas maravilhas nessa viagem 🙂
bjs
O sorvete realmente é coisa de louco. É estranho para quem nunca provou, mas depois da primeira colherada, hmmmmmmmmm.
Fiquei louca com o suporte. Quem sabe trago algum dia…
Obrigada amore
Bjins
Adri