Tarde, meninas!
Ontem cheguei mais de 10 da noite da rua, e estava em frangalhos, impossibilitada de sequer abrir o computador. Foi banho e cama! Então, hoje, descrevo nosso dia 10.
Acordamos mais tarde um pouco. O dia estava bem chuvoso. Nos arrumamos e fomos tomar o café xoxo do hotel. Depois descemos e fomos caminhando até a Piazza San Pietro, porque Luciana queria comprar o ingresso para enfrentar a muvuca do Papa hoje de manhã. Foi um tal de abre-fecha de guarda-chuva, que encheu o saco. Além disso, estava bastante frio ontem: 8 graus, com sensação térmica de 6.
No meio do caminho, passamos pela Piazza Navona, onde fica o consulado braseeeleiro, tiramos umas fotos e sentamos num Café para tomar um cappuccino e desfrutar um pouco do Wi-Fi grátis do Café.
Depois do cappuccino, rumamos para a Piazza San Pietro, e quando chegamos lá, havia uma fila de uns 400 metros de pessoas querendo entrar na Basílica. Quando eu vim, há 30 anos atrás, não tinha esse negócio de raio-x nos pertences, por isso a fila. Enquanto isso, nossos unicórnios faziam a alegria da juventude, e até dos policiais, hahahhaah
Esperamos na fila mais de uma hora, e só “apreciando a paisagem”. Vimos um grupo de militares italianos saindo da basílica, que quase enfartei. Lindos, e fardados, era de matar do coração!
Depois de longa espera, finalmente conseguimos entrar. Não se paga nada, a não ser que se queira visitar a cúpula. Mas, além do elevador, para ir à cúpula é preciso subir mais de 300 degraus. Tô fora!
Eu, sinceramente, já não me lembrava mais de nada ali, a não ser da Pietá (estátua de Michelângelo), e que eu me perdi da minha mãe dentro da basílica. Fiquei traumatizada, sem dúvida. Foi agonizante! Achei que nunca mais veria minha mãe.
Acho que o enorme trauma que carregava até ontem me fez esquecer de praticamente tudo ali. Esqueci, inclusive, como era linda a basílica, tão rica, tão imponente, tão cheia de detalhes. São taaaaaaaantos detalhes!!! A gente nem sabe o que olha primeiro!
Ficamos pouco mais de uma hora lá dentro, e não fotografei mais, porque senão repetiria demais as fotos. Tirei umas 400 fotos lá de dentro, que, obviamente, não poderei postar todas aqui, heheheh, senão estoura minha cota de imagens do blog.
Depois que saímos de lá, Gabi, como sempre, já estava reclamando que queria almoçar. Então, começamos a caminhar, apreciando as ruas, arquitetura e lojinhas, em busca de um restaurante. E do outro lado da ponte, encontramos um restaurantezinho simpatiquinho, no qual resolvemos entrar. Lá, finalmente, Luciana encontrou a tão sonhada Berinjela à Parmigiana que ela queria tanto, e que foi o que eu acabei pedindo, também.
E, acreditem, lá dentro do restaurante estava uma garota DE MACAÉ!!!!, que estudou no colégio da Gabi quando ela tinha uns 5 anos de idade. Que memória! Só que Gabi não foi falar com a menina porque a guria não foi da turma dela, e ela não sabia o nome e nunca conversou com a menina. Que mundo pequeno. E olha que Roma nem é pequena!
Saindo de lá, fomos procurar o Pantheon, que ficava por ali perto. Passamos por umas ruelinhas, seguindo o mapa que tínhamos na mão, e no meio do caminho, Luciana procurou os óculos de sol Michael Kors que ela havia comprado em Florença, e, cadê??? Esqueceu no restaurante. De-ses-pe-ra-da, ela queria voltar literalmente correndo para pegar os óculos, só que não sabia o caminho de volta, então, teríamos que ir com ela. Mas como eu estava com meus Crocs, que estão com a sola lisa como bunda de neném, o chão de pequenos paralelepípedos lisos, pra mim, escorregava mais que sabão, na chuva, e eu não arrisquei sair desembestada atrás das duas, por medo de cair. Só me faltava ir parar no hospital com um braço quebrado. Então, eu disse a elas que fossem que eu as esperaria na Navona.
Uns 20 minutos depois chegam as duas, e Luciana com um sorriso satisfeito nos lábios. Nem precisei perguntar nada, né? Alguém achou os óculos e entregou ao garçom, que ficou esperando pelo nosso retorno. Se fosse no braseeel, um segundo depois de ter saído da mesa, e os óculos já estariam em bolsas alheias.
Continuamos à caça do Pantheon, e quando finalmente o encontramos, estava uma muvuca danada, além de estar chuviscando. Estava cheio de equipamentos e pessoas por toda parte, e a fonte em frente ao Pantheon havia literalmente se transformado em um set de filmagem.
As duas atrizes subiram e desceram os degraus da fonte, na mesma cena, umas 7 vezes, e eu, avessa a tumultos, estava já agoniada para ir embora, enquanto Luciana e Gabi entravam no Pantheon, que também estava cheio de estudantes. Queria sair de lá correndo!
Quando finalmente saímos, lembrei que Gabi queria ir à loja do The North Face (roupas de esqui) para comprar as benditas luvas iguais às que ela perdeu em Nova York no mesmo dia em que comprou lá. Lá em NY, ela deixou as luvas em cima de uns livros na livraria, e saiu sem lembrar das luvas. Quando lembrou, voltou e nunca mais viu as luvas, que ainda cheiravam a novas. Quase matei, né?
Enfim, de volta a Roma, começamos a caminhar em direção à loja do North Face, que era relativamente perto do Pantheon. No meio do caminho, avistamos uma sorveteria da Lindt, e não tivemos como não entrar, neah? Tava um frio danado, mas não podia deixar de experimentar. “Dilícia”!!!
Tornando a caminhar, mais alguns minutos e chegamos à loja. Gabi encontrou a mesma luva, só que não rosinha, como era a dela. Então, foi preta mesmo. E já comprei com a recomendação de que não perdesse desta vez, né? Aproveitei e comprei mais um par pra mim.
Retomamos a caminhada em direção ao hotel. No meio do caminho tinha um senhor tocando músicas italianas em acordeon, acompanhado por um cara que tocava violão. Não resisti, e comprei o CD dele, por 10 euros.
Passamos pelas ruas das lojas de grife. Avistei uma Sephora, e entrei para comprar outro batom líquido igual ao que comprei em Florença, que eu AMEI (de outra cor, claro). O batom é perfeito! Ele vem num tubinho com aplicador, tipo de gloss, e fica matte depois que seca (seca rapidinho), e o mais perfeito nele é que ele não escorre pelas ruguinhas da boca de jovens “senhouras” como eu. Ou seja, o batom fica perfeito por muito tempo, como se tivesse acabado de ser passado. 14 euros aqui, mas nos States deve ser mais barato, penso eu.
Depois, fomos à GAP, porque Gabi queria comprar umas blusinhas iguais às que comprou nos States. E saindo da loja, pedi para Gabi consultar o mapa do iPhone para sabermos por onde seguir para voltar ao hotel. Ela parou, tirou a luva e dedilhou a tela e pronto. Andamos uns 20 metros, quando o frio nos obrigou a colocar as luvas. E quando Gabi foi pegar as luvas dela, cadê a outra luva do par???? Perdeu, né? Ficou doida e desconsertada para me dizer que tinha perdido a luva que não tinha nem uma hora que tinha comprado. Eu, já começando a dar esporro nela, fui parada por um senhor que perguntou se estávamos procurando uma luva, porque ele a tinha visto lá pra trás. Agradeci e fomos correndo voltando a rua e olhando pro chão. Por sorte, a luva estava caída numa poça d’agua, junto ao meio-fio. Ainda bem que consegui ver, porque estava escuro, e sobre o asfalto, foi um pouco difícil achar a luva preta. Depois de comer Gabi no esporro, continuamos a andar.
Avistei uma loja da Lush e encantada com tantas novidades, comprei um creme chamado Karma Kream, que posso dizer que é o melhor de todos que já experimentei até hoje, não só pela textura conhecida dos outros cremes da Lush que tenho, mas pelo magnífico perfume de patchouli que ele tem.
O creme tem um fixador perfeito de perfume. Passei só um tico nas costas da mão e até o fim da noite ainda tinha o perfume do creme. Inclusive, o mesmo perfume do creme é vendido na forma de perfume em bastão, também. Delícia! (UPDATE: se quiserem comprar no braseeel, custa 110,00 com frete (PAC) na Lush Brasil. Acho que compensa comprar, pois o preço dele no Brasil é só 12 reais mais caro – melhor do que carregar peso na mala).
Andamos bastante, e meus dedinhos dos pés já tinham lindas bolhinhas. Já andava quase como uma deficiente física. Vinha me arrastando pelas ruas, num frio danado, e debaixo de chuva chatinha. Quando dobramos uma rua transversal à nossa, avistei aquela pizzaria onde comemos anteontem. Paramos, pedimos umas pizzas e fomos embora. Não via a hora de cair na cama.
Quando dobramos nossa rua, uma quadra antes da do hotel, vi uma portinha com um letreiro que parecia ser de um restaurante, onde se lia SA TANCA CROSTACERIA, e lá dentro vi um lindo sofá de época, com lindo tecido na cor pérola, bem rococó, e em frente, uma mesinha com velinhas acesas e um vasinho cheio de tulipas amarelas. Como vi cardápios da frente da portinha, deduzi que fosse um restaurante, e fui lá bisbilhotar os preços. Não eram nada diferentes dos preços que vínhamos pagando até então, mas eu me negava a acreditar que um restaurante com tanto luxo custasse só aquilo. Sugeri à Luciana que entrássemos para conhecer para irmos hoje à noite, e Gabi, que estava só o pó, partiu pro hotel. Entramos para ver a atmosfera do restaurantezinho, luxuoso, com móveis de época, muito phyno.
Lá, acabamos resolvendo sentar para tomar um vinho, e apesar de termos comido pizza antes (infelizmente), pedimos um petisquinho, para não ficar só na bebida, já que era um restaurante, e não um bar. Pedimos um tempurá de legumes e camarão, e tudo foi perfeito. Até o vinho branco, ligeiramente espumante (e delicioso!), custou mais barato que em muitos outros lugares em que tomamos vinho. Inacreditável!
Conversamos bastante, e tomamos todo o vinho. No final da noite já estava doida pra cair na cama. Pagamos a conta, certas de que voltaremos hoje, e saímos. E para completar o ciclo que esquecimentos, esqueci o telefone na mesa do restaurante; o garçom veio correndo atrás de nós para me entregar. Saímos às gargalhadas, porque o dia ontem foi intitulado o dia em que todas perderam algo, mas não perdera nada no final.
Cheguei no hotel, tomei meu banho e capotei. Estava impossibilitada de escrever este texto, que levaria, como sempre, mais de uma hora para ser feito.
E assim foi o nosso décimo dia de viagem.
Beijinhos em todas, e até mais tarde!
Adri
que lindo o restaurante!! *-*
fiquei aguada com os sorvetes, mesmo estando frio nesse momento^^
amei os passeios e que bom que encontraram suas coisas 🙂
bjs
A cabecinha da Gabi parece a da minha irmã…só que minha mana tem 63 anos! huahuaha Já chegay em hotéis toda torta, por causa de bolhas e dores nos pés, joelhos e cansaço generalizado! Mas é tão gostoso conhecer um lugar lindo, provar suas comidinhas e ainda fazer compras! Depois a gente descansa, ora!
Beijos
Puts, mas andar pra caramba com bolhas nos pés e dor nas costas, amiga, ninguém merece. A lógica de descansar depois só vale na teoria!
Bjs
Adri
Adri doem meus definhou de andar com vocês, mas estou adorando.
Beijos
Mariza