Olá meninas!
Neste terceiro dia, acordamos mais cedo. Queríamos sair mais cedo para aproveitarmos melhor nosso último dia em Veneza. Estava 3 graus quando acordamos, então, hoje abandonei meu chinelinho e resolvi colocar um sapatinho fechado com meia. (Sim… eu passei a viagem inteira usando meu famoso chinelinho fofinho da Aerosoles, salvador das minhas viagens. E não, não senti um pingo de frio, com os pés de fora. Por incrível que pareça, a planta do meu pé até suava, pois o chinelo é forrado com um tecido aveludado, que esquenta pra cachorro!)
Tomamos nosso café e seguimos o mesmo caminho de sempre, até a Piazza San Marco. Hoje queríamos ver a Piazza de dia, porque até então, só tínhamos visto à noite.
Mas no meio do caminho, vimos um gondoleiro que nos ofereceu um passeio. Luciana perguntou quanto era, e ele disse que era 80 por 30-40 minutos de passeio; não era por pessoa, mas pela gôndola. Rejeitamos, e daí começamos a negociar. Baixou para 70 e eu disse 60. Ele disse 65 e eu disse a ele que eu não ia porque eu já tinha dito à minha amiga que não queria gastar dinheiro com passeio de gôndola porque estava com dinheiro curto. Bingo! 60 euros pelo passeio!
Foi meio dureza nos equilibrarmos para entrar na bendita gôndola. Uma pisada em falso e seria água suja, na certa! E enquanto deslizávamos pelo canal, ao som das cantaroladas e assobiadas do gondoleiro (cortesia da casa, heheheheh), víamos como a vida em Veneza gira somente em torno da água. Tinha barco de coleta de lixo, de entrega de vidro, de correio, ambulância (de novo), entrega de compras, tudo! Muitas e muitas vielinhas e pontes por toda parte.
Depois de uns 40 minutos, e de ter tido uma taquicardia por causa de um gondoleiro lindooooo de morrer que passou por nós (aliás, diga-se de passagem, a Itália é o lugar onde eu vi a maior concentração de homens bonitos por metro quadrado. Ô lugar abençoado!), que eu queria muito levar pra casa, chegamos ao nosso destino, e rumamos para a Piazza San Marco, enfim.
A Piazza estava cheeeeia! Muitas e muitas pessoas fantasiadas, e hoje tive a certeza de que essas pessoas que se fantasiam só fazem isso para que os turistas possam assediá-los para as fotos. E como tiram fotos! Se eles pedissem dinheiro pelas fotos estariam ricos, mas ninguém pede. São sempre corteses e nunca falam nada, hehehehe. E são altamente disputados pelos turistas.
A basílica está sendo reformada, e está cheia de tapumes e proteções. Tirei algumas fotos da construção, porque é realmente tudo lindo. Não entramos na basílica, porque além de ser pago, a fila estava gigantesca, e eu entrei já, quando vim há 30 anos atrás, e nem achei lá essas coisas. Ainda bem que minha amiga não quis ir. Gabi até ensaiou protestar porque queria entrar, mas acho que a fila a desanimou. Então, a solução foi continuar andando, tirando fotos das pessoas fantasiadas e da arquitetura local.
Beiramos a orla do mar, onde o movimento estava bem grande. Sempre tirando fotos, muitas fotos.
E no meio do caminho, passamos por vários camelôs que vendiam máscaras. Eram tão lindas, mas tão lindas, que comprei mais duas: outra grande, de arlequim, e outra só de olho. Lindas, lindas, lindas… Minha coleção e minhas paredes ficarão mais ricas!
Por volta de meio-dia, resolvemos catar um restaurante para irmos ao banheiro e já almoçar de uma vez. Caímos num restaurante chamado Grand Canal, que é o restaurante de um hotel phyno, bem em cima do mar. A vista era perfeita, o clima era perfeito, a comida era perfeita, e o banheiro e atendimento perfeitos.
O banheiro era um show à parte. Dava vontade de ficar no banheiro só tirando fotos. A pia era um “tubo” de mármore que ia do chão até uns 90 cm de altura.
Era de mármore carrara. A torneira era acionada por um botão que a gente tinha que pisar. No piso, granito, e a cor predominante era preta. Para lavar minhas humildes mãozinhas, tinha um vidro “gigantic” de sabão líquido de verbena da L’Occitane. Meus dedinhos quase caíram com tanta phyneza.
Deslumbrada com tanta “chyqueza”, por alguns momentos esqueci que minha comida já estaria chegando, e saí. Sentadinhas, apreciando a vista mais que magnífica do mar, com gôndolas deslizando nas águas e albatrozes pousando nos topos das toras de madeira espetadas dentro da água, degustávamos nosso vinho “nacional”, que tinha um magnífico sabor de madeira. Podia até ver o barril em que o vinho foi envelhecido, só pelo sabor que ele tinha.
E enquanto a comida não chegava, degustávamos uns pãezinhos magníficos, que me fizeram ter a certeza de que os italianos não só fazem bons vinhos e queijos, mas também ótimos pães. Tinha um que tinha pedaços de azeitonas verdes na massa, um troço!!!!
Enquanto jogávamos conversa fora, que se concentrava basicamente na “vida chata” de estar em Veneza em pleno carnaval, nosso almoço chegou. Meu prato era um linguini fresco com lagostins, que estava ótimo, pra variar. Certamente vou voltar pra casa rolando. Mas não estou nem aí. Comer e beber bem é algo que me dá mais prazer do que qualquer coisa, até mais que esmaltes!
Depois de almoçarmos, pedimos um café, e ganhamos uns sonhos, brindes carnaval. Eram pequenos sonhos, recheados com um creme de baunilha magnífico, e quase sem açúcar, e sapicado do mais fino açúcar de confeiteiro. Massa super macia, que desmanchava na boca. De chorar…
Pagamos a conta, que não foi nada “barratinha”, mas que foi muito bem paga, na minha opinião, pois foi tudo perfeito!
Saímos de lá, e resolvemos continuar caminhando pela orla, mas desta vez pelo lado esquerdo da Piazza San Marco. Andamos muito e muitas horas, e no meio do caminho, encontramos um grupo musical andino, que tocava músicas naquelas flautas feitas de bambu, que me fazem ficar fascinada.
Amo de paixão música andina, e aquela, tocada ao vivo, com os músicos vestidos a caráter, me obrigaram a comprar um CD, por 15 euros. Estou doida para ouvir!
Não foi nenhum sacrifício para mim, esperar Luciana ter seu rosto pintado por uma artista de rua, por 5 euros, enquanto ouvia aquelas músicas lindas.
E andando muito pela cidade, a impressão que eu tinha pelo entra e sai de vielinhas, é que iríamos encontrar o Minotauro a qualquer momento.
Veneza parece um imenso labirinto. Eu entrava e saía pelas ruas apertadinhas, e muitas vezes saía em átrios, que não tinham saída. Ficava olhando encantada para aquele quadrado de prédios muito velhos, muitos com portas trabalhadas, e até gárgolas, não esquecendo das roupas penduradas nas janelas, e pombos voando por toda parte. E sempre no meio de um átrio, tinha uma espécie de poço. Eram sempre diferentes, mas tão iguais. Tiramos muitas, muitas, muitas fotos!
Depois, de entrarmos e sairmos de muitas lojinhas, saímos num grande átrio, onde havia várias pessoas fantasiadas, e montes de turistas com suas câmeras incansáveis, clicando por toda parte. Tinha uma “arlequina” em especial, que me deixou apaixonadíssima.
A fantasia me cativou, não sei se pelas cores, ou se pelo cenário em que “a arlequina” estava, ou se pelos gestos delicados que ela fazia para que a montoeira de pessoas que se acotovelavam pudessem tirar as fotos dela.
Já na Piazza San Marco de novo, já caía a noite, e corremos para o Cafè Florian, para pegarmos uma mesinha para fazermos um lanche. Assim como ontem, a fila estava imensa, e a casa entupida de pessoas com uma fantasia mais linda que a outra. E sentados lá dentro, pareciam que estavam numa vitrine, pois as pessoas se amontoavam nas vidraças para tirar foto deles.
Apesar de termos que entrar na fila para entrarmos, até que conseguimos entrar rápido. Sentamos à mesícula, em um banco em L com estofado de veludo vermelho, e eu não sabia se olhava o cardápio, as pessoas fantasiadas, ou as magníficas pinturas dos tetos e paredes, tudo muito trabalhado, cheio de detalhes, e com muito ouro. A casa de chá existe desde 1720, daí, vocês podem imaginar a beleza do lugar.
Comemos um sanduichinho, que certamente não valeu os 17 euros que paguei, mas valeu pelo simples fatos de ter colocado minha gorducha derrière num lugar tão histórico, e tão cheio de “celebridades por uns dias”.
Por falar em derrière, me vi em desespero, quando, ao sair da casa de chá, o bendito firofó resolveu coçar desesperadoramente! Enquanto eu estava às gargalhadas com a Gabi, contando pra ela da minha situação periclitante, doida pra coçar, tantas risadas me fizeram, erm, digamos, soltar algumas flatulências, já que tinha comido batatas cozidas na noite anterior. E foram essas benditas flatulências que me salvaram, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Manja aquela flatulência que faz as nádegas baterem palminhas? Pois é, as palminhas aliviaram minha coceira, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Depois de até chorar com tantas gargalhadas, Gabi, me cobrou que contasse o episódio para vocês, já que eu não a poupei quando contei o hilário episódio de Long Beach, quando ela entupiu o vaso sanitário do hotel. Então, fui obrigada pela minha filha a contar o episódio da flatulência salvadora. O resumo do dia, então, foi: SALVA POR UM PEIDO!
E dali, andamos mais por algumas lojas, e resolvemos voltar logo para o hotel, porque, além de as lojas já estarem quase todas fechadas, a gente precisa acordar cedo amanhã para pegar o trem para Florença.
Nos embrenhamos por umas vielas por onde não tínhamos ido antes, e que tinham muitas e muitas lojas. No meio do caminho, “esbarrei” numa loja da Kiko, e surtei. Mas nem comprei nada, porque achei melhor deixar para ver com mais calma em Florença ou Roma. A loja já ia fechar, e quero olhar tudo com bastante tempo, e nós tínhamos que vir logo para o hotel. Tirei só algumas fotos dos esmaltes e viemos para o hotel.
E assim foi nosso dia 3. Amanhã acordaremos cedo, pegaremos o vaporetto rumo à estação de trem.
Beijos em todas, e até amanhã! Vejo vocês em Florença! Boa noite!
Adri =D
cada coisa que lhes acontece… aushuashuahsu
o passeio de gondola deve ter sido uma delícia, ainda mais admirando a “paisagem” xD
parece ter sido um dia ótimo 🙂
bjs
Imagino vocês sem freios, rindo muito! Só por andarem com a touquinha de unicórnio, já me fizeram ganhar o dia! E o resto…italianos lindos, passeios, Kikos, peidinhos…hauhuahuhahau
Beijos
Hilário suas coleiras, acontece.
Tudo que você consegue contar eu visualizo, este bar de 1720 já estive ai ,em pensamento e espírito, assim que Luiz Henrique crescer mais um pouquinho iremos, será uma viagem cultural pra ele que hoje só curte Miami e Orlando kk, fases.
Obrigada mesmo
Beijos
oh deus… hahahahah
voltei a rir mtttt se continuar assim no último dia da viagem morro a rir ;D
acho até bom não dar para colocar fotos porque imaginar isso tudo está a ser muito bom 😉 *
Tenho muita vontade de ver essa coleção de máscaras *
Continuem a divertir-se muito!! *
Olá linda Adri!!! No momento com este post só posso dizer: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk tu é demais!!!!!