Dia 1 – Lisboa e Veneza

Olá amigas!

Antes de começar o post, que tenho certeza que muitas estavam esperando por ele, eu quero dizer que eu agradeço MUITO a Deus pela oportunidade que Ele está me dando, de juntar-me com minha amada filha e amiga para juntas desfrutarmos desta viagem tão perfeita e que está me deixando muito feliz. Sim, estou transbordando de felicidade!

Bem, vamos ao post!

Nem vou começar pelo Rio de Janeiro, porque acho que ninguém está interessado nisso (eu não estaria), então vamos começar pelo Aeroporto do Galeão!

Minha amiga foi ao aeroporto pegar meu carro, como sempre, e aguardamos pacientemente o voo, que atrasou meia hora. No voo, assisti a dois filmes e comi. O resto do tempo foi tentando dormir e cochilando um pouquinho.

Quando finalmente chegamos a Lisboa, Gabi já tinha os olhinhos brilhando. Era a primeira vez que pisava em solo europeu, e já chegou em grande estilo, com maravilhosos 7 graus!

Apesar de o voo ter atrasado, chegamos mais ou menos no horário certo, e teríamos ainda aproximadamente 5 horas até o voo para Veneza.

Passamos pela imigração, onde aconteceu uma situação que nos fez rir. Ahhhh, as terras Lusitanas!

Estávamos passando pela área de segurança, para acesso ao saguão de espera para conexão do próximo voo, e eu passei numa esteira e Gabi na outra. Passei antes dela, e quando estava já lá na frente colocando meu cinto de volta na calça, Gabi me chamou, porque o agente de segurança havia perguntado a ela o que havia dentro da mala, pois ele viu algo “suspeito”. E quando eu estava indo em direção a eles para ver do que se tratava, o cara simplesmente falou pra ela “Ah, deixa pra lá!”, uhauhahuahuahuahuhauhuahua. Gente, isso é brincadeira, não é? Só podia ser coisa das nossas raízes mesmo, porque se fosse em solo norte-americano, certamente teriam mandado abrir a mala e olhar mesmo o que tinha. EUA são o maior alvo de terrorismo, e com segurança na imigração, eles são muito mais sérios.

Depois que saímos, só pudemos rir, porque não só a situação foi engraçada, mas também o jeito que o cara falou que ela podia ir.

E arrastando nossas malinhas carry-on atrás de nós, começamos a rodar pelo saguão de espera, e encontramos uma loja da Fnac, onde conseguimos comprar um chip de telefone, de 1 GB, por 15 euros, para uso dentro de um mês, e foi com ele que comecei a postar algumas fotos no Facebook.

Aproveitamos que teríamos ainda 5 horas até o próximo voo, e pegamos um taxi para nos levar até Belém, para visitarmos a Torre de Belém, o monumento ao descobrimento, e irmos à confeitaria onde se fazem os tão famosos pastéis de Belém, que fica logo ao lado do Mosteiro São Jerônimo.

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Torre de Belém – Estou com essa cara de jeca porque o sol estava muito forte e eu não conseguia manter os olhos abertos devido à claridade. Relevem, hauhuhauhauhauha.

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Monumento aos descobrimentos

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Fizemos um pit stop na Pastelaria de Belém para comermos o tradicional Pastel de Belém (pastel de natas).

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Depois de 1 hora e meia, pagamos 50 euros e voltamos ao aeroporto, onde ainda esperamos pelo menos 2 horas até o voo para Veneza.

Pra variar, o voo atrasou meia hora (deve ser pré-requisito da TAP para voar pela companhia). Depois da longa espera, pegamos finalmente o avião, num voo que durou 3 horas.

Uns 20 minutos antes de chegarmos ao nosso destino, sobrevoamos várias montanhas nevadas, e tirei uma foto. Me lembrou a Cordilheira dos Andes, quando fomos para Bariloche. Lindo!

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Chegamos finalmente no aeroporto Marco Polo, que é um ovinho. Gastei 0,50 de euro para pegar um carrinho de bagagem para levar a mala maior, que era mais pesada, mas só depois que tirei o carrinho da tranca é que me dei conta de quão ovo é o aeroporto. Como a porta de saída do aeroporto ficava a 6 metros de distância da esteira de bagagem, então, posso dizer que gastei 0,50 à toa.

Pedimos informação sobre qual seria a melhor maneira de irmos para o nosso hotel, e a informação que tivemos é que a forma mais barata, porém mais demorada, seria pegar um vaporetto, que é um barco-ônibus. Então, por 15 euros por pessoa, pegamos nosso vaporetto, e lá experimentei a primeira grosseria italiana. O assistente no tal vaporetto era um cavalo, como eu já sabia que boa parte dos italianos eram, desde minha última experiência aqui, há exatos 30 anos atrás.

Caía a noite, e a paisagem era linda…

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Depois de uma hora dentro do tal barco, que para em 4 estações antes da nossa, San Zaccaria, a mais perto da Praça São Marcos, finalmente chegamos à nossa estação. Era mais ou menos 19 horas quando chegamos. Já estava escuro, e não vimos o movimento excessivo que acharíamos que encontraríamos, pois aqui já é carnaval. Tinha pessoas nas ruas, mas não estava lotado. Talvez o povo estivesse nos bailes de carnaval. Ali mesmo em frente à estação vimos muitos camelôs que vendiam máscaras, e já fiquei doida, porque eu coleciono máscaras, e as venezianas me fascinam pela perfeição e beleza.

Não há carros na ilha, porque as ruas de Veneza são bem apertadinhas e entremeadas por canais e pontezinhas de pedestres. Umas vielas que se fossem no braseeel, teria assalto garantido, principalmente tarde da noite, em que elas ficam desertas. Essas vielas têm larguras variadas, de 1 metro e meio a 3 metros, e por este motivo, não tem como trafegar automóveis por aqui.

Por este motivo, nós fomos arrastando nossas malas pelas ruelas de paralelepípedos da cidade até encontrarmos nosso hotel, que fica a uns 800 metros da Praça São Marcos.

A localização do nosso hotel, Ca Dei Conti, não é das melhores, chega até a assustar a quem não está acostumado, como foi o nosso caso.

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Olhando essas ruas me lembrei das vielas de White Chapel, que era o bairro londrino onde Jack, o estripador, matava suas vítimas. As vielas de Veneza são sinistras à noite, mas ao invés de nos depararmos com trombadinhas, encontramos amigos papeando, e pessoas levando seus cães para passearem.

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Apesar da localização num lugar sinistro, como quase todos os lugares em Veneza, o hotel fica bem próximo à Praça São Marcos. Ele é uma gracinha, também!

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Tem decoração tradicionalmente barroca, com paredes revestidas de tecido estampado acetinado e ACOLCHOADO!!!!! Isso mesmo! As paredes são MACIAS! É tudo bem limpo, e o pessoal na recepção é, gentil e atencioso.

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O banheiro é lindo, com água que faz uma canja de você, se você der mole. A única coisa que achei esquisita é que o chuveiro (que é numa banheira) é colocado em uma posição em que é super fácil transformar o banheiro numa piscina; não tem cortina e nem porta. Tem somente uma “folha” de vidro de um lado só da banheira, então, eu tive que fazer uma certa ginástica para não molhar tudo. Mas correu tudo bem.

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Deixamos nossas malas no hotel e saímos à caça de um restaurante para jantarmos. E pelo meio do caminho, encontrávamos pessoas fantasiadas, que até me deixava arrepiada. Me sentia como se estivesse em… VENEZA!!!! Foi demais! 

Numa ruela bastante movimentada e com muitas lojas, bem atrás da Piazza San Marco, encontramos um restaurante chamado Kori.

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O garçom nos abordou na porta, mas olhamos desconfiadas porque o restaurante estava vazio, enquanto os outros estavam bem cheios. E o garçom italiano que nos abordou, que falava português, disse que não nos arrependeríamos, e assim entramos para experimentar.

Gente, comi a melhor massa com frutos do mar da minha vida.

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Valeu cada centavo dos 50 euros que paguei pelo jantar para mim e Gabi. Recomendo o restaurante, onde somos servidos por garçons diferentes, e não como tradicionalmente é feito nos restaurantes brasileiros, onde um só garçom atende à sua mesa.

Depois do jantar, fomos até a Praça São Marcos, que já estava meio vazia. Era quase 11 da noite, mas paramos para tomar um gelatto. E que gelatto!!! Os italianos têm mesmo porque se gabar de fazerem os melhores sorvetes. Tomei um magnífico sorvete de pistache, que é meu preferido, e outro de café. Super cremosos e com um sabor muito natural.

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Depois, disso, resolvemos voltar para o hotel. Saquei meu telefone com google maps e voltamos, passando pelas vielinhas escuras desertas. QUEMEDO!!!! Se fosse no braseeel eu já teria morrido do coração.

Logo chegamos ao hotel, tomamos um delicioso banho e apagamos. Vale dizer que no hotel, independentemente do tempo em que se ficará hospedado, o hóspede tem direito a somente 30 minutos de internet grátis. Qualquer tempo depois disso é cobrado, e caro. 

Beijos!

Adri

Sobre Adri Portas

Tradutora, Blogueira e Filósofa (da vida)
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11 respostas a Dia 1 – Lisboa e Veneza

  1. Rosemary Goldner diz:

    Que linda sua descrição. Veneza é encantador, como amo! Os hotéis são estranhos as localizações mas são um charme! Linda viagem!

  2. jubaoli23 diz:

    uma coisa que não sabia sobre os italianos é que eles são mal educados :S
    mas acho que isso chegou no nosso sangue, já que muitos brasileiros tem essa descendência ^^

    louca pra ver as fotos 🙂
    bjs

  3. marizadias diz:

    Adriana que maravilha, estou amando sua narrativa é ótima, dá até pra sentir este Medo das ruelas. Delícia.
    Um dia ainda vou fazer uma viagem assim, saindo do roteiro Disney deixa o Luiz Henrique crescer mais.
    Beijos

    • uhauhauhahuahua, obrigada Mariza!
      Se vier a Veneza, venha só no Carnaval, porque é a coisa mais maravilhosa do mundo! Já vim fora do carnaval, e não teve nem de longe a mesma graça!
      Bjs
      Adri

    • marizadias diz:

      Com certeza irei nesta época linda aí.
      Ah entrei no site do seu hotel di-vi-no amo está decoração com tecidos e muitas cores.
      Acho mesmo que em outras vidas vivia em Roma no século XV kkkkkk
      Beijos
      Mariza.Dias

  4. CandyAngel diz:

    Adri estiveste tão pertinho de mim!!!
    Estou a adorar a descrição da viagem, tens o dom de nos fazer sentir lá 😉 *** *
    Divirtam-se muito!!* ***

Obrigada pela visita e pelo seu comentário!!! <3